
No frio das horas volto costas aos ponteiros. Pego nas canas, nos números e nas pedras que contam o tempo e embrulho tudo com um papel fino, feito com pedaços de saudade e de seda.
Agarro o sol que lá rasga as nuvens, e coloco-O debaixo dos pés patinando no calor que só a mim me cabe, só para mim serve e só mesmo a mim interessa.
Os minutos são agora paisagem, os segundos uma miragem, e os números...