Água benta que me derrete os lábios, ternura desconhecida que na nascente seca deslumbrou, com simplicidade e desconfiança. Mostro-te a guitarra de porcelana, na problemática conto em três gestos, e para que em aparência seja impossível, descrevo acordes com nitidez. Edéticamente componho para a simples sombra, o vazio de fêmea doce, que por erros se afasta e pela perfeição se cresce. Menina de outra hora, deixa-me beber o pouco da vida, o pequeno ser que por ai vou descobrindo, e no caminho de uma noite, mesmo com exagero, nada de novo me traz. Espantoso sossego sinto neste momento a solo, olho infinitamente como uma bruxa desconhecida e simulando gestos, escondo-me para que de forma difícil me caia a razão sem que exista verdade. Mas quero perdida caixa de cartão, esse teu engenho distinto e perfeito que com orgulho se entranha, sem que um bago de cedro se crie. Dá-me a luta de um sonho, a roda de algo que se mova, a felicidade que tanto busco no cristal de uma estrela, o som, o silêncio, sim dá-me tudo.
No regresso presenciado de por outras forças... faço turismo rural.
É bonito sempre lindo.
Gosto de me sentir numa ave rapina, vagueio por terras e outras tantas placas que na estrada lá vou descobrindo. Tenho a convicção que se aderisse às novas tecnologias com outra força, sim porque já o faço com alguma constante, iria perder o meu ser Afonso Henriques. Isto é, gosto, adoro perder-me na estrada, adoro reservar para mim mesmo as descobertas que me enchem o olho de brilho.
Este meu ser pardal …!!!
Pois bem, ontem e desta feita, descobri a Praia Fluvial do Rosário… Confesso e com tristeza que o rio está ao abandono, tudo é… praticamente lama. Sobra a relva junto e as enumeras algas que o cobrem, pequenos bichos estranhos e dois espaços comerciais para outras núpcias. Algo mais calmo diferente e na mesma luxuoso para qualquer olho suburbano… vejo também m complexo fabril ao longe de outros tempos da cidade Barreiro.
Algo com relevância suficiente para despertar em mim um estar bem e penetrar como mais um de meditação. Não quero ser Buda, mas sim descobrir o mesmo que existe em mim e nada mais, nada menos, que a solidão merecida de um espaço digno de qualquer pensamento.
Seria cruel da minha parte se não quisesse voltar e para todos os que não conhecem este lugar… recomendo.
lol
Barco redondo
Chaminé de duas cores
Caminhante da água
Verde de rua
Lamaçal corrupto
Fluvial mal amado
Passeio feliz,
Mais uma descoberta,
De mais um pensamento,
De mais um lápis
E na mesma correcta
Essa vadia,
Aquela palmeira
Em tons verdes
Algas, bichos
Fabril ao longe
E um tanto terreno molhado
Por perto,
Em tão longe
De um sonho,
De um apreço
Ou numa palma
Com que seguro,
Aquilo que faço, tudo o que gosto
E guardo com gosto…
Na mão
Com que toco,
Com que escrevo,
Sinto e planeio…
Vácuo sorriso
Outro barulho
Outra cidade
Sem movimento
Sem gritaria,
Com valor
Cem anos…
Pinheiros
E tantas daninhas
Num plano comercial
Com vozes sábias
E sem forças
De pele rogada
E tantos sorrisos para dar…
Perfume concebido
Com outra alma
Por outro querer
Com outra natureza
E assim decidido
Na cadeira de Sua beleza.
No fim do dia surpresa, mas já esperada… conversas em Loures de tristeza minha e felicidade de outros. A alegria dos meus amigos deve ser e sempre alegria para mim também.
Mas sou sincero to triste e na mesma desejo às pessoas de quem gosto e muito, toda a felicidade do mundo.
Eu podia querer ser deles e do outro, um simples Descartes, aquele ser, este sentimento, a água de um corpo, cujo a sua tendência mais que imperfeita, me empurra para o desnudo mental, tal erro fatal. Arrasto-me nas decadentes imperfeições de uma ave de caça... Sair para quê? Não sei estar, a falta do manifesto no decorrer da vida, em tão pequeno, tão crescido, traz-me o inefável claro das palavras que uso. E tu? Sonho meu que tardas no gesto, em tudo desapareces sem antes te ver sequer... não quero na mesma ser um deles ou de outro qualquer. Eu podia estudar, podia aprender, mas nos frágeis braços meus, não sinto o peso de um respiro. Não sinto aquele quente bruto, de um beijo e como se com pouca fala te tocasse, outro déjà vu qualquer. Naturante, que a ti choro palavras se não consigo, solto água daquilo que trato como face, deixa-me ser carrasco da cifrada beleza e assim, repousar em paz. Quero ser o pouco, não depender da minha alma ou do que foi usado e nunca estragado, e sim, remeto-me à figura de outra hora. Ao mar não paro e num rio tão curto de história, danço no som da chuva. Mas só penso, e por isso toco-te em palestras húmidas que me escorrem sem controlo sem que na mesma não as percas. A culpa chega assim sem mandato, entrega-me o orbital drama que das tuas mãos padece. Isto não é o fim da noite, não o fim de uma história, não o desespero, não uma luta que por imperfeição própria nunca se dará por vencida.
Noz do meu campo Teu paladar de morte, De folha em bico, Que a mim tirou a estrela Vem de caras. Que a alegria ao longe se vê, Pois tão perto se tem E no coração desdém Por Vos querer ou ter E se nos dedos que mordo Vossa cara quero e escondo Todo e qualquer caminho Agora cresce Sem que fale uma palavra E sim Olhai para dentro Tirai-me deste e tão triste Campo de pau e deixai-me cair No curto de um ser No imaginário de qualquer amanhecer।
Pois bem, como disse no título acordei assim. Há muito que não escrevia algo com “frases mais curtas”… Enfim espero que gostem. Eu gosto!!!
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