Cala-te meu grito
Baixa as asas desse teu ser Anjo.
Em manhas de calor, padeces-me de descoberta, preenches-me de objectos menos próprios e numa ensurdecedora palavra, rasgas o clima que tanto anseio.
Revela-te na insignificância,
Confesso algo sem sinopse, diferente na tertúlia e nas vozes que ditas…
Poderás ser tu, um Anjo? Que escreve por mera profissão?
Porque reclamas?
Continuas nessa vida baseada em Fadas, baseando-te em algo que se perdera.
Ainda penso noutras histórias antigas que contavas.
Das mãos rogadas, e de onde se escapava um romance de alguns anos…
Prometemos então um ao outro que não nos veremos por um ano,
Esquecerei esse teu voar único…
O brilho das tuas asas,
A falta de qualquer ruído quando te aproximas,
A pele lisa mais branca que a luz,
As fadas que te acompanham,
Os duendes que cantam em coro e trazes debaixo de uma pena,
As maravilhas, a tua harpa, o teu olhar, as palavras e por fim o teu ser sábio.
Lembraremos os pecados,
As maldades que tem de abandonar este meu corpo,
As palavras grossas e de muito rancor
Os penteados do rock e as guitarradas da desgraça,
O pensar incorrecto e a fraca lembrança de que tudo é inimigo,
Os beijos por desejo e não por amor,
O ódio de mim e a coscuvilhice do outro,
Traremos ao dia, toda a experiência de algo que não é bom, que não pode ser concretizado e lembrarei que em qualquer dia também eu posso voar.
Confiaremos em algo, num mantra de tres palavras e muitos significados.
Irá por certo cair em terra a magia de que padeço para te dizer meu grito, que tanto ralhas, que agora também eu sou um Anjo.
Irá cair o Príncipe de uns,
O Sapo de outros
E para remates certeiros guardarei o ser Anjo.
Olá para todos...
Beijos e abraços...
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