segunda-feira, março 16

Cala-te meu grito

Baixa as asas desse teu ser Anjo.

Em manhas de calor, padeces-me de descoberta, preenches-me de objectos menos próprios e numa ensurdecedora palavra, rasgas o clima que tanto anseio.

Revela-te na insignificância,

Confesso algo sem sinopse, diferente na tertúlia e nas vozes que ditas…

Poderás ser tu, um Anjo? Que escreve por mera profissão?

Porque reclamas?

Continuas nessa vida baseada em Fadas, baseando-te em algo que se perdera.

Ainda penso noutras histórias antigas que contavas.

Das mãos rogadas, e de onde se escapava um romance de alguns anos…

Prometemos então um ao outro que não nos veremos por um ano,

Esquecerei esse teu voar único…

O brilho das tuas asas,

A falta de qualquer ruído quando te aproximas,

A pele lisa mais branca que a luz,

As fadas que te acompanham,

Os duendes que cantam em coro e trazes debaixo de uma pena,

As maravilhas, a tua harpa, o teu olhar, as palavras e por fim o teu ser sábio.

Lembraremos os pecados,

As maldades que tem de abandonar este meu corpo,

As palavras grossas e de muito rancor

Os penteados do rock e as guitarradas da desgraça,

O pensar incorrecto e a fraca lembrança de que tudo é inimigo,

Os beijos por desejo e não por amor,

O ódio de mim e a coscuvilhice do outro,

Traremos ao dia, toda a experiência de algo que não é bom, que não pode ser concretizado e lembrarei que em qualquer dia também eu posso voar.

Confiaremos em algo, num mantra de tres palavras e muitos significados.


Irá por certo cair em terra a magia de que padeço para te dizer meu grito, que tanto ralhas, que agora também eu sou um Anjo.

Irá cair o Príncipe de uns,

O Sapo de outros

E para remates certeiros guardarei o ser Anjo.


Olá para todos...

Beijos e abraços...

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