domingo, dezembro 26

E mais um dia 25 de Dezembro esta a acabar...
Diarreias mirabolantes entregam o dócil a muitos com tanto e a tristeza dos que nem pouco tem, sobrando naturalmente a felicidade de hoje ser um dia diferente para todas as raças. Até as ratazanas urbanas tem novos alimentos nos caixotes da cidade.
Mas não é cabisbaixo que concluo mais um Natal.
Rejuvenesci! Conhecem a Rua Lions de Setúbal???
Um clube setubalense com a mística toda da bela bifana ou do formoso prego, penalty?

Traçado sei á lol!
Fica dentro de uma quinta nos arredores de Setúbal, com tons alentejanos a banhar as paredes e e uns quantos pedestais em forma de arco :-). Azul e branco basta.
Casa do Gaiato de Setúbal ora ai está. São 75 rapazes, crianças e graúdos, um Padre, e duas senhoras Senhoras que em pele mais que rugosa, fazem as delícias de quem neste dia gosta de “viajar”.
Em vez de cabrito, bacalhau, borrego, leitão e claro lasanha para tantos outros :-), temos uma tábua com frango assado. Bem, dizem que estamos em crise e o franguinho de galinheiro próprio é do melhor. A cara daquelas crianças a roerem o que já não era ave deixara-me simplesmente alegre.

Estavam mesmo contentes, depois de uma noite num mini-teatro de natal organizado entre os habitantes daquela Villa.

Aos corações quentes e simples, pela lembrança que deixaram em forma de solidariedade um muito obrigado :-).

De volta as gargalhadas e desabafos, foi esplêndido o existir de uma fila indiana para descarregar uma caixa enorme de livros cuja temática era mais infantil e ver a reacção de cada Gaiato com os bonecos escarrapachados nas capas lol, os monólogos e expressões era um tanto ao ponto de contagiar.

Siga vamos ver vacas, porcos, galinhas, vitelos e mais vitelos... na bela Rua dos Lions existem pocilgas debaixo de um laranjal... Deve ser uma peada andar por lá com botins até ao pescoço, com bagos de dejectos de porco como vestígios para o CSI Tuguês lol... Enfim tudo e tanto para engraçar um verdadeiro dia de campo. Uma guitarrada com músicas de natal e lá inventámos um coro celeste junto da lareira da sala de refeições, bem dava um coro para pimbas gritadas, rock de infância e um Padre que colocava a doutrina como nome da única estrada possível hehehehe.

Dois dedos de conversas interessantes com o maioral Padre até que numa criança recém chegada aquela Villa olha para o chão para não ver que a mãe tinha acabado a sua visita e estaria de saída para uma viagem de 3 horas até casa, Odivelas concretamente.

Que queres ser?

Cozinheiro...

Portanto, 10 anos de idade e nem a primária pensava eu, só podia começar a pensar naturalmente... Temos por ai uns imbróglios. Falarei deles noutra altura.

O dia tinha de acabar, não sei se por bem ou por mal mas era um dado mais que adquirido.
Deixei uma família na estação de comboios de Setúbal e como se fosse distraído, o caminho teve de ser pela velha serra, contas e mais contas Arrábida pois claro.
Conhecem a Praia do Casarão? Antes de virarmos para o Portinho?
Louca! É casarão mas tanto este como a própria praia são de um tamanho e tanto, cabem na palma da mão lol, mas tem o seu cheiro
lol.
Falei com o meu amigo verde, Com o casco que podia ser de um barco mas era o da companheira de cordas, olhei para o azul sim porque nas bandas desenhadas o mar é sempre azul, inventei, pensei, amei, lembrei e proclamei este final de dia.
The End lol.

Agora vem ai a festa dos amigos, a da família já passou :-).
Mentalizem-se, e façam um programa depois conversamos e contamos historias hehe.

domingo, dezembro 12

pg

sábado, dezembro 11

A lembrança esquecida levou-me ao sol
Praia quente que me queima
Meninos buzinavam sorridentes
Adeus aqui estou... E parto
Barco em madeira de fina planta
Corre em águas que bebo e enxuto
Descobertas com especiarias e pozinhos

Charme na pressa que não tenho
De marés todos se refugiam
Aos navegantes algo deixa
Terra ainda à vista, um pouco desarmada
Quando já ninguém me escuta
Corvos depenados de milhas
Migalhas e olhos brutos
Deixam-me em mais uma lembrança esquecida...

O calor penetra-se na madeira
Nas cordas de tantas correntes
Os ruídos da abarcada desta madrugada
São presas de tantas tormentas
Passo a vista com sal
Para a proa abraço o imenso
Salto e grito para mil palavras
Se falasse para o mestre
Não me iria lembrar de parar
Continuo, submetendo-me
No trabalho árduo de pirata
Vejo, não vejo o que vejo
Uma risada num instante
Não peço qualquer contacto
Cheguei, pisei algum grão
A falta do acenar cabido
Traz-me a alegria do nu
Do nada e tanta coisa verde­
Tanto pasto, flor e cor
É um lugar de canto, um monte
A incerteza do nada certo
Enrola-se no que vejo e estou a sentir
Aqui estou e com bote maior
Até subia

terça-feira, dezembro 7



Boas gentes do meu mundo...

Bem é sabido que o meu Natal é festejado de maneira diferente, se é que lhe podemos chamar de diferente. Nesta época tomo a necessidade de outros como uma fonte inspiradora para aquela coisa a que chamamos de prendas e como não sou carente de oferta pelo menos em géneros, faço destes o Natal que outros não têm.
Agora tenho algum espaço para armazenar “tralhas”, e este ano irei passar novamente o natal numa instituição de solidariedade social. Casa do Gaiato de Setúbal de seu nome alberga cerca de 100 crianças que não tem sequer para a ceia embora sejam de todos os interessados/solidários, fonte para o esforço que se quer com prazer numa conjuntura berrante e numa época em que todos nós queremos ter algum aconchego...
Bem o texto seria longo para vos dizer algo muito simples.
Tenho espaço para guardar alguns géneros que possam doar a quem mais precisa para que no dia 25 de Dezembro de 2010 estes recebam e com todo o carinho coisas que por vezes para nós só servem para limpar o pó!Alerto para o facto de só aceitar géneros como: roupas, alimentos, livrosect ect e nunca dinheiro e também alerto para o facto de não ter método de transporte para levantar donativos...
Será então e desta que mais uma vez me sentirei e de forma absoluta, realizado em mais um Natal.Aguardo então pela vossa participação e agradeço em nome de quem mais precisa o vosso gesto.

quinta-feira, dezembro 2

Fui atacado!
No desencanto do estar, na intenção de querer e desesperar sinto-me... com força.
Já faz tempo em que não postava neste meu espaço e querendo eu fugir do porquê tentarei exprimir-me na mesma, tentarei descrever o que me vai no estreito heheheh

Jornada de independência
Alma minha
Verbo facto
Se cantas
Quiosque na calçada
Rua estreita
Que me encantas
Com difícil frio
Blasfémia que por ai ficas
Largo-te na tardia
Cesta sem fim
Alegro-me, sinto-me
Beijo-me por fim
Nas riscas que desenho
A pele que se torna rugosa
O coração mole
Um lábio rasgado
Sal com pão
Maça sem fermento
Agora entrelaça-se
Com que do belo
Da guerra própria
Novas moradas
Independente
De repente
Instigo
Fico
Luto

Concluindo...
Em luta alegremente :-)