terça-feira, janeiro 11



De que tempestades falas tu musa da minha nostalgia?
Os campos de vindima lembram-me as mil e uma palavras que as letras me deixam. Os frutos que se esmagam entre patas de animal e dedos de rei salpicam a minha memória para que esta se torne mais rica, conformada e de tamanha gratidão em momento próprio.
Fosse antes um cálice na vez de um copo de água, um cheiro a bago malvado na vez de algo simplesmente sem sabor.
A tamanha floresta vazia, diz-me que as folhas de videira cabem-me na mão... Lembra-me o sorriso de criança quando até a terra deixava de ser acastanhada e passava para uma viagem louca e divertida, sabendo sempre que o meu cristal, cor de vinho, seria e será sempre apropriado à crescida memória deste.
O bicho foi ao moinho para lembrar que o vinho é de fruto e não de riacho, voou para sitio algum para que junto ao quente e sem frio pudesse desfrutar e gritar...
Que vinho não bebe e que na mesma, de algo precisa.

Just smille
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