Neste tempo, desci ao primórdio do meu esqueleto cerebral
para me redimir com a facilidade de exposição carnal, emocional e claro, também
temporal!
A idade ensina-me o difícil, tornando-me assim superficial
por um lado e incapaz por outro. O ser-se interessante num instante pode na
mesma dar comigo numa luta solitária com a saudade e quiçá até descabida.
Estou fascinado com a descoberta, com os caminhos
psicadélicos que invariavelmente, lá idealizo nas demais vivências do meu olhar.
Os alertas que desentendo, comprimem as minhas atitudes na veracidade do que
vou sentindo, cingindo-me à capacidade devastadora para algo que ambiciono e a
seu ritmo galopante me enfraquece.
Um passeio de boas vibrações e sabores descontrolados, de
visões e paixões do nada.
Se saber e ter conhecimento para uns é sinónimo de ser-se
infeliz, para mim o experimentar e saborear pode ter exactamente o mesmo gosto
da sabedoria, a mesma panóplia, que em vez própria se torna igualmente
irritante.
É tempo de romper, tempo de objectivar e não perspectivar.
Um apelo à minha consciência cansada, que na verdade não tem matéria com que se
canse e que por devida insignificância, me obriga a reflectir.
Será que na vida, o poder também se sobrepõe à liberdade
do sentir ou do ser-se?
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