quinta-feira, maio 3



Eis que hoje fui eu que piquei a Sra. Melga!
Neste tempo, desci ao primórdio do meu esqueleto cerebral para me redimir com a facilidade de exposição carnal, emocional e claro, também temporal!
A idade ensina-me o difícil, tornando-me assim superficial por um lado e incapaz por outro. O ser-se interessante num instante pode na mesma dar comigo numa luta solitária com a saudade e quiçá até descabida.
Estou fascinado com a descoberta, com os caminhos psicadélicos que invariavelmente, lá idealizo nas demais vivências do meu olhar. Os alertas que desentendo, comprimem as minhas atitudes na veracidade do que vou sentindo, cingindo-me à capacidade devastadora para algo que ambiciono e a seu ritmo galopante me enfraquece.
Um passeio de boas vibrações e sabores descontrolados, de visões e paixões do nada.
Se saber e ter conhecimento para uns é sinónimo de ser-se infeliz, para mim o experimentar e saborear pode ter exactamente o mesmo gosto da sabedoria, a mesma panóplia, que em vez própria se torna igualmente irritante.
É tempo de romper, tempo de objectivar e não perspectivar. Um apelo à minha consciência cansada, que na verdade não tem matéria com que se canse e que por devida insignificância, me obriga a reflectir.
Será que na vida, o poder também se sobrepõe à liberdade do sentir ou do ser-se?

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