Estranha esta displicência da
minha carne, do meu motor.
Com desenhos de uma só cor quero informar-me
constantemente acerca das minhas vontades, e quer parecer-me, que neste corpo
isso é possível!
O corpo fala-me em tons de
vermelho arredondado quando a minha mente não quer, quando o raciocínio se
combate pela razão e não pelo sentimento. Quando mais ainda, o próprio sentimento
não vale mais que pedaços de memória ou um simples estado de espirito. Não é
porque queira, não é porque me calha em apetite e não é, porque estou em devaneio
espiritual comigo mesmo.
Será pelo não trivial do hoje, que
neste bloco social escrevo sobre este meu assunto.
Será pelo livro aberto e pelos Macacos
do Meu Nariz mais ou menos reservados, que respiro neste meu canto não me
querendo descuidar.
O cheiro depende do Nariz.
O Nariz da máquina,
E a máquina de mim mesmo
Viajo para um patamar em que
estampo na pele e para sempre, aquela mensagem de que me quero fazer recordar
todos os dias. As histórias e contos imortais.
Os rabiscos no corpo podem ser
representações de um presente mas também de um passado. Descrever uma razão, um
pensamento, uma fórmula, mas também um significado.
E desenho? Tatuagens nos corpos!
Descobri porém, que estas também
podem ser um caminho para um início ou para um fim quando penso e faço amor com
este meu motor.
Eu prefiro pensar que tudo é novo
e situa-se na casa da partida e que não existe sequer lugar, para a casa da
meta. Que tudo é novo e não uma meta do que quer que seja. Isto até pode
ajudar-me a conviver com o passar da idade J.
Estou portanto no ponto de partida
para algo.
Quero sair da casca, pegar na
jangada da vida e por sorrisos maiores partir nesta aventura com desenhos agora
no meu corpo.
É para mim um recordar de vontades
que tiro do baú, continuando a lutar na casa da partida e desenhando com os
olhos espetados no corpo, os sonhos que persigo.
Nada é inócuo, nada é em vão e nada,
esquecerei.
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