quarta-feira, setembro 5


Acorda! Cintilante parece
Entre portas que batem
Gentes que vagueiam
Ora imagens, e a mim
Que parto como corro
Aquela viagem de segundo
Fugida! Sinto-me assim
Arte escrava
E crava-se murmúrio
Uma alma ofegada
Um bicho
Ser e não ser
Tanto por uma bofetada.  
Ora pois parece, que o pianismo entrou-me pelo estreito auditivo para me falar tanto baixinho, como em ilustrações grossas, em som grave e claro, bastante altas.
Também é grave por vezes, o sentimento que acompanha a música, por mais clássica que seja, que se torna abusivo com minha vontade e forte em muito mais medida do que eu.
Vejamos!
Existe a música para a melancolia, a música para o saber e não sei nada, para o sexo, amigos, cozinha, para o momento assim e assado, para um estado de espirito qualquer que inevitavelmente instala-se, abusando do nosso espaço, nos nossos feelings!!
Stereomood.com? Sim! É um lugar da internet onde procuras o teu “estado de espirito” e através desse é criada uma lista de música, aplicada creio, á forma ou feeling onde habita a tua tonta.
Um dia irei experimentar escrever feijoada à portuguesa com brócolos e atum!
Voltando aos géneros disto e daquilo que me obrigaram a este post
Existe, creio, um piano hoje, há uns dias, meses, vá lá umas horas (tarde inteira), que me encosta ao interior, naquele lugar onde sonhando tudo é tudo.
Apetece-me ganir como se cuspisse palavras compreensíveis, uma palavra que mudasse!
Cravar os dedos em caca de macaco como se tivesse sentindo as teclas e os mil martelinhos daquele piano.
Ora que tarde esta, tarde de qualquer coisa que “cospe na cara da lógica” MEC!  

sexta-feira, agosto 17


Os títulos são por vezes, descrição de um conteúdo sem ergonomia possível.

Esse estado de alma que nos atraiçoa tantas vezes, que nos torna bobos, inconsequentes por vezes, veio para morar no meu corpo pegando-me nos ossos como se pegasse numa marioneta. Cá estou eu, dez anos passados, tempos pequenos de intensidades ao descalabro. Cá estou eu odiando o que sinto. Odiando o que respiro, não porque não é bom, não porque não o quero ou não o sonho. Odiando os minutos e a ausência da correspondência natural que desejaria. A solidão do meu lugar marca-me a pele num estado de fervor metódico, marca-me os poros por onde respira tudo o que sou. O correcto abandonou-me dando lugar ao extraviado estado de graça. O tempo decide por vezes ao contrário e o interior rouba-me o sono. Longe de mim e daquele sorriso caracterizador, catalisador, gerador de tudo e para tudo, gesticulo com gestos de garganta cansada e cara transfigurada.   
    
“Torno-me culpado só para aceitar o teu comportamento. Nunca me importei de ser o responsável por fosse o que fosse
- nisto consiste a minha irresponsabilidade”       MEC, O Amor é fodido

quarta-feira, julho 18


"O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio..."



CAMPOS, Álvaro, (Heterónimo de Fernando Pessoa)

segunda-feira, maio 14



Ora bem!! Acontece que muitas vezes, as coisas, o tempo, a durabilidade destas, a sua intensidade em tais acontecimentos, não tem o mesmo efeito nas pessoas inesquecíveis e nas grandes inexplicabilidades fazendo delas, algo de incomparável na sua forma e no seu sabor!!!

segunda-feira, maio 7


Os joelhos doem-me.
Paro na avenida das delícias, tão amargas como doces, obsecrando o tempo em memória.
Agarro as pétalas que não se notam, os espinhos daquela planta que não lhe chego…
Espera!
Toco-te sim, com as batidas do sono que no corpo entrego. Deixo-me no disfarçar desmedido, de uma realidade que fantasio debaixo daquele olhar sorridente, fechado asiático e lábio rasgado. A espessura do caracol louro que se faz no vento; toca-me na cara entre as rajadas das calçadas daquele caminho.
Um vinho!
Um passeio que lembro nas palavras, momentos de pequenitos grandes momentos!

domingo, maio 6

HAPPY MOTHER DAY!!!
Para as mães da minha vida e para as mães da vida dos outros, um otimo dia da mãe.
Beijokas e que os continuem a ver crescer todos os dias.



sábado, maio 5


            A versão de O Grito que foi a leilão era a única em mãos privadas
A versão de O Grito que foi a leilão era a única em mãos privadas (Foto: Andrew Burton/ Reuters)
 Posters, t-shirts, referências em filmes e séries de animação. A imagem de O Grito, de Edvard Munch, está em todo o lado.
Todos a conhecemos, num fenómeno global apenas comparável ao da Gioconda, de Leonardo da Vinci. E agora há os 119,9 milhões de dólares (91 milhões de euros) pagos na quarta-feira no leilão da Sotheby"s, em Nova Iorque, que estabeleceram um recorde absoluto de venda de uma obra de arte em leilão.

O que é que O Grito tem? "Fala por toda a gente, já todos nos sentimos sozinhos e desesperados em algum momento da nossa vida", disse à BBC David Jackson. Segundo este professor de História da Arte Escandinava da Universidade de Leeds, "o impulso de olhar para as coisas que nos incomodam é parte fundamental da condição humana".

Com um ar desesperado, de boca aberta em esgar e as mãos na cabeça, numa ponte com duas pessoas ao fundo, e um horizonte com cores garridas, a figura central do quadro transmite uma angústia que tem atravessado décadas, mantendo-se sempre actual. À época da realização da obra, Munch estaria a retratar o seu próprio estado de espírito, que, como escreveu Jonathan Jones, crítico de arte do britânico The Guardian, vivia infeliz e alienado do mundo por não estar a ser reconhecido pelo seu trabalho. Hoje, facilmente qualquer pessoa se pode identificar com esse estado e, por sua vez, com o quadro.

O psicólogo da Universidade de Reading Eugene McSorley compara o efeito com o suscitado por registos de pessoas em sofrimento. "É muito difícil para as pessoas ignorar estas imagens. Não conseguem desviar o olhar", disse à BBC sobre o quadro que deixou de ser apenas o grito de desespero de Munch para se tornar no grito da modernidade.

Petter Olsen, o norueguês que levou o quadro à praça, vai mais longe na definição da obra e fala do "momento terrível em que o homem percebe o seu impacto na natureza e as mudanças irreversíveis que iniciou". Daí a decisão de o vender ao fim de tantos anos. "Sinto que é o momento para oferecer ao resto do mundo uma hipótese de ter e apreciar este incrível trabalho, que é a única versão de O Grito [das quatro existentes] que não está num museu da Noruega", disse o empresário, cujo pai foi amigo e patrono de Munch, tendo adquirido vários quadros ao artista.

"É preciso saber quando é que temos de largar as coisas", disse à televisão norueguesa NPK o empresário, que, com o dinheiro da venda, vai financiar um novo museu, um hotel e um centro de arte na Noruega.

Sobre o actual comprador nada de sabe, existindo rumores de que poderá ter sido adquirido pela família real do Qatar, que no final do ano passado comprou Os jogadores de cartas de Paul Cézanne por 190 milhões de euros.

sexta-feira, maio 4

I don't want change the world!!



quinta-feira, maio 3



Eis que hoje fui eu que piquei a Sra. Melga!
Neste tempo, desci ao primórdio do meu esqueleto cerebral para me redimir com a facilidade de exposição carnal, emocional e claro, também temporal!
A idade ensina-me o difícil, tornando-me assim superficial por um lado e incapaz por outro. O ser-se interessante num instante pode na mesma dar comigo numa luta solitária com a saudade e quiçá até descabida.
Estou fascinado com a descoberta, com os caminhos psicadélicos que invariavelmente, lá idealizo nas demais vivências do meu olhar. Os alertas que desentendo, comprimem as minhas atitudes na veracidade do que vou sentindo, cingindo-me à capacidade devastadora para algo que ambiciono e a seu ritmo galopante me enfraquece.
Um passeio de boas vibrações e sabores descontrolados, de visões e paixões do nada.
Se saber e ter conhecimento para uns é sinónimo de ser-se infeliz, para mim o experimentar e saborear pode ter exactamente o mesmo gosto da sabedoria, a mesma panóplia, que em vez própria se torna igualmente irritante.
É tempo de romper, tempo de objectivar e não perspectivar. Um apelo à minha consciência cansada, que na verdade não tem matéria com que se canse e que por devida insignificância, me obriga a reflectir.
Será que na vida, o poder também se sobrepõe à liberdade do sentir ou do ser-se?

terça-feira, janeiro 31


Alongo-me no meu tempo para ti.
Neste instante oiço-te como uma palavra cravada, sinto-te bandida como outra vida que para a qual, desconto e me escondo.
Este destino dá-me, a possibilidade de escolher a sorte com o pensamento vazio, constatado num segredo que me conferiste.
Com a paixão e o cante do sonho da minha terra, entranhas-te nos teus próprios dedos mudando os teus gestos, os gestos da rubrica rotineira, altamente parcial!
Saudade Tu! Que padeces no meu conhecimento, que fazes desta juventude uma sábia, vibração no meu caminho, delicia-te! És a vida que deixo nas lágrimas prostradas nos meus olhos, sempre abertos e, por isso, cansados.
Onde foi que te perdestes?
Pareces-me etérea no meu respirar, consigo ver-te no céu da minha boca por uma bola em vidro, neste paradisíaco e ilusionista mundo só meu. O teu anel de prata sufoca-me entre tantas gaiolas que corrompem o meu pensar. Se te oiço pareces madeira, se te toco, não toco, e vertes uma ilusão, que só nos mares remotos penso que existem. E batalhas! E piratas! Enfim… Sinto-te agora, sem uma guitarra que te caracterize com notas ilibadas, por fados, poemas degenerados em muitos momentos, ou por simplesmente por te ouvir grunhir em pausas com lógica.
Que fiques no teu tempo, à tua perfeita e imperfeita vontade, mas acima de tudo que me tragas sempre o valioso sentir, o reconhecimento dos melindres do tempo e de outra temperatura qualquer, como me conferem as preciosas estações, ora sejam de flor, ora sejam de praia nos vales que a natureza nos oferece. Talvez na temperatura subida e na devida altura, me confiras o bronze de uma hormona que te combata, ou que te ensine a entrar, a ficar, e a dormir como naquela minha noite gelada de ontem.
Para ti Saudade, hoje chamo-te bandida!

sexta-feira, janeiro 20

É devastadora a visão com que te observo neste segundo em mais um processo.

Acaricio-te com o que não precisas, num ato tão egoísta e tão massacrado que por maldade inusitada paro triste ou contente, para assim te encontrar e ouvir.

Caminho em cada manha, nas calçadas de um lugar qualquer que abraço, imaginando qual seria, qual é, o sabor nos lábios enquanto respiro e te alimento.

Em muitos momentos apetece-me espremer-te com a vontade de que te possas expressar na única língua que conheço, com palavras ou com a música tocada por notas com que te cuidas.

Serás tu Coração so porque bates?

No meu casulo mental, do por mim a pensar no invés louco que seria! Devias tu falar e de uma maneira qualquer. Que conseguisses tu agir, em conformidade com o raciocínio mesmo que irracional por vezes, que conseguisses tu bombear a galope com os sentimentos e não com o bombear do sangue que em ti corre.

Neste tempo, sugo o querer estar bem sem que te oiça a trabalhar, admitindo que és mais uma tecla deste meu piano de cauda frágil que me constitui, para com desdenha força conseguir colocar-te no lugar correto, mas, infelizmente, o poder que te foi dado por uma matriz qualquer, não chega para me conduzir e me consolar no pensamento próprio desta estação.

Um olá para ti Coração que na verdade falas em momentos concretos deturpando a inteligência de que necessito…

quarta-feira, janeiro 4




Noticias e afins... Não é por em alguns casos sermos artistas, que temos o poder de praticar agressões à mulher, ao jeito da "moda" violência doméstica! Lembro que tempos antes, a primeira mulher deste senhor foi encontrada morta, concluindo-se contudo, que se tratou de um suicídio com uma arma que inclusive, estava registada no nome da família. Vamos ver como se defende e o quanto pode ser verídico até que se concluam, os demais processos contra este senhor! Os meus pensamentos para PACO BANDEIRA


BLITZ, publicação periódia, pagina do facebook Blitz. 04 de fevereiro de 2012 e disponivel em: https://www.facebook.com/blitz.pt?sk=info