Mais um ano
passou e mais um Natal está a chegar.
Em tempos
tão difíceis como aqueles em que o país está mergulhado, tomo a liberdade de
incentivar os Meus e os Teus. Ao contrario daquilo que todos esperamos, a
pobreza e o desemprego têm aumentado, e com isso, a carência e a decadência em
que muitas crianças vivem, é cada vez mais visível e tem tomado proporções que
a maior parte de nós desconhece.
Assim sendo,
e por mais um ano, venho desta apelar a sensibilidade de todos.
É sabido que
não acredito na caridade, que odeio a pena e os corações tão frágeis como os
olhos que não querem ver. Não me conformo com o desperdício e com a falta de
solidariedade para com aqueles que nem uma uma música de Natal podem ouvir.
Emprego a
vontade da minha consciência e aquilo que sou, para deixar uma mensagem de
esperança a todos aqueles que não podem ter um Natal tão ou mais digno quanto o
meu e o teu.
Este ano a
instituição onde passo o meu 25 de Dezembro, Casa do Gaiato de Setúbal,
depara-se com muitas mais dificuldades. Dificuldades estas que são impostas
pela conjuntura actual e que levaram
inclusive, a que muitos donativos que até aqui eram pelo menos anuais deixassem
de existir.
Foi-me transmitido
pelo gesto sensível das palavras do responsável máximo desta instituição, Padre
Acílio, que é nos alimentos que se situam as maiores fragilidades dos cerca de
80 rapazes que nesta instituição encontraram uma forma de se auto-educarem e
ali se formarem Homens. Bem sabemos que a alimentação é basilar na educação de
qualquer criança.
“A
preferência pelos alimentos não se trata de negar tudo o resto que possa ser doado.
Trata-se sim, de perceber onde somos mais carecidos e as dificuldades que cada
vez mais encontramos para escoar aquilo que não nos serve e com toda a certeza serve
a imensa população que continuamos a ajudar, como é o caso do vestuário”
Posto isto,
dou início a mais uma campanha, para recolha de alimentos que serão entregues
na Casa do Gaiato de Setúbal no dia 25 de Dezembro.
Até ao dia
24 de Dezembro estarei a receber alimentos com preferência naqueles que tenham
uma validade mais ampla (arroz, farinha, massas, feijão, cereais, enlatados e conservas)
e alimentos que tenham uma menor
exigência de armazenamento (leite, ovos, frutas e alguns produtos agrícolas
como batata, cebola, alho).
Também estarei
a receber outros géneros que não produtos alimentares como vestuário e calçado
(homem e senhora todas as idades), livros, jogos e brinquedos (didácticos), roupa
de cama ou outros que possam aquecer as almas desprotegidas deste clima cada
vez mais rigoroso. Em anos anteriores tem acontecido que muito vestuário que me
tem chegado não pode mais ser usado ou então vem sujo e de qualquer maneira e
por isso, deixo o alerta para que a vontade de todos se sobreponha ao gesto.
Para estes
produtos tenho agendado uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Setúbal e
nesta visita será agendado um dia para que sejam entregues tudo o resto que me
façam chegar e que não são alimentos.
Apelo
também, porque o tempo escasseia e as condições de logística de que disponho
não serem as melhores, que façam ainda um esforço suplementar para que me façam
chegar o vosso contributo.
Em meu nome
e em nome de todos aqueles que a voz por vezes é silenciada quer pela falta de
possibilidades quer pela vergonha que os corrói, deixo o meu sincero
agradecimento a todos aqueles a quem deixo esta campanha de iniciativa própria.
Boas festas
para todos e lembrem-se que por cada doce na mesa existe mais de um milhão de
pessoas que nem sabe o que isso é.
Beijos, abraços
e boas festas.
Francisco
Cláudio
Francisco_claudio@hotmail.com
912654094
Foto de www.lixoeeeluxo.blogspot.pt/
Foto de www.lixoeeeluxo.blogspot.pt/
2 Your comment :
Um grande bem haja a este teu gesto. O mundo precisa de pessoas assim, que a troco de nada se disponibilizam para ajudar os que mais precisam. Forte abraço
Obrigado meu amigo Bruno pelas tuas palavras. Que hajam muitas mais pessoas que pensem nos outros. Abraço
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