quinta-feira, dezembro 19


Esta prova de avaliação de professores marcada para o dia 18 de Dezembro/2013 tem tanta estupidez como a cabeça de todos aqueles que se metem com o tempo que os farta, a divagar sobre a sua existência ou a defenderem o sim pelo sim, esquecendo com isso, coisas que no entender de um estado democrático são muito mais discutíveis e cada vez mais ainda. Estou certo, que enquanto andamos a discutir a avaliação dos professores não nos apercebemos sequer do que está a ser feito com o ensino publico em Portugal não querendo dizer com isto, que este assunto não nos deva preocupar. 

Agora o fundamento, o meu contra AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES: 
1. É o colega de profissão que me avalia (da mesma escola inclusive, boa maneira de se fiscalizar, que não haja dúvida), 
2. Só os de formação mais recente, até cinco anos, é que são avaliados e obrigados a fazer esta prova (estes que supostamente estão mais familiarizados com a evolução da escola e do ensino), 
3. Pagamento obrigatório ao patrão para que este nos avalie (o verdadeiro saque talvez para esconder ou mascarar os cortes na educação), 
4. Acordos com a FENPROF em vez de acordos conforme a constituição (que lá conseguiu (FENPROF) que a camada de naftalina não tivesse de fazer exame não querendo com isto menosprezar, diminuir ou outro que seja, os professores com mais de cinco anos de carreira) 
5. São ou não são todos professores, 
6. Os professores contratados estão sujeitos anualmente a rigorosos procedimentos de avaliação de desempenho pelo menos desde 2007, 
7. Para que servem os certificados de habilitação que as instituições de ensino superior, tutelados pelo mesmo ministério, entregam e que até são pagos a peso de ouro (quer isto dizer, que uma instituição de ensino superior não pode afirmar que este ou aquele aluno esta habilitado a seguir carreira de professor, põe-se em causa o ensino superior), 
8. A falta de informação sobre o conteúdo da prova (é para não fazerem cabulas), 
9. A não-aplicação aos professores contratados da Madeira... 

E agora um aparte: 
"O Ministério da Educação ignorou a directiva 1999/70/CEE do conselho Europeu que visa impedir os abusos dos contratos sucessivos. Violou também a resolução da Assembleia da República 35/2010 que recomenda que os docentes contratados com mais de 10 anos de serviço sejam integrados na carreira. Agora estes mesmos docentes ainda vão prestar provas para poderem ser professores contratados na sua maioria desempregados." Palavras do SIPE (Sindicato Independente de Professores e Educadores)

Quer isto dizer que o que importa é que se resolva mais um dos muitos buracos em que os centralistas nos deixaram. Até podia continuar a enumerar razões para poder afirmar de forma fundamentada a estupidez em que consiste esta avaliação de professores. Acontece que tenho de ir dormir porque amanha é dia de continuar a divertir-me com a areia que todos os dias me lava a cara!

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